quarta-feira, 28 de setembro de 2011

“O JOVEM E A DOUTRINA ESPÍRITA: UM DESAFIO NESTE MILÊNIO...”

A Confraternização de Jovens Espíritas é caracterizada por evento que visa reunir os jovens em torno das temáticas da Doutrina Espírita para que possam passar um dia de discussões e expor seus conhecimentos com atividades descontraídas, mas direcionadas aos temas que ser dialogar.

No entanto, a CONJES não é um encontro festivo, é, acima de tudo, um momento ímpar de fortalecer, nos espíritos que atravessam as etapas juvenis da reencarnação, a certeza dos compromissos firmados com a Espiritualidade Superior e que, não raras vezes, são amortecidos pelos apelos do mundo material. Além de ser o exercício concreto da máxima do Espírito de Verdade: “Espíritas!, amai-vos, eis o primeiro ensinamento. Instruí-vos, eis o segundo.

Para tanto, neste ano de 2011 a CONJES trás o seguinte tema: “O Jovem e a Doutrina Espírita um Desafio Neste Milênio”. E como subtemas para as oficinas de trabalho as seguintes abordagens: “... DESAFIO PARA CONSIGO MESMO”; “... DESAFIO DO MUNDO VIRTUAL”; “... DESAFIO NAS CONFIGURAÇÕES FAMILIARES”; “... DESAFIO DA CONSCIÊNCIA ESPÍRITA”.

Sobre a questão do mundo virtual Joana de Angelis, psicografia do Médium Divaldo Pereira Franco expõe no livro: Entrega-te a Deus na página 10.



 As disputas pelas posições transitórias e as intrigas contínuas que distraem os frívolos e perturbam a marcha do progresso espiritual sucedem-se calamitosa, agora ampliadas pelos extraordinários recursos do You Tube, do Orkut, do Twitter e do Facebook, assim como outros programas que deveriam servir de campo de edificação de vidas, desmoralizando pessoas que desagradam, trabalhadores que são fiéis ao compromisso, transformando-se me técnicas de destruição dos valores nobres.



Como ocorre naturalmente neste período transitório da adolescência, os conflitos tendem a se agudizarem em virtude do contingente de espíritos que reencarnam na tentativa de mudança comportamental. São espíritos que precisam abandonar os vícios milenares transformando-os em virtudes que serão sedimentadas ao longo de suas trajetórias espirituais. Estas reencarnações, mesmo que compulsórias, são experiências ímpares de renovação. Entretanto, sabemos que muitos não conseguem vencer suas tendências, pois os clamores terrenos parecem contribuir para intensificá-las e para justificarem suas permanências nos equívocos.

Os espíritos que se encontram na fase juvenil de sua nova caminhada reencarnatória encontram inúmeros exemplos contraditórios de comportamento naqueles que deveriam servir de modelo para eles. Não é raro, os jovens elegerem, como ídolos, espíritos com comportamentos perturbados, mas que simbolizam seus anseios de liberdade e auto-afirmação.  Esta é a fase do afloramento das tendências do passado de cada espírito reencarnado. Portanto, é o momento propício de se promover, no jovem, a aquisição de conhecimentos acerca de questões básicas da vida como: quem somos, porque estamos aqui e porque certos fatos nos acontecem. Entender os processos evolutivos derivados das Leis Naturais torna-se uma ferramenta básica de combate as visões limitadas do que seja a vida.

Estes conhecimentos alicerçam o jovem na sua vida de relações. Espera-se que, ao compreender os mecanismos que regem a sua existência, ele enfrente os desafios dos relacionamentos com a necessária tranquilidade. Conhecendo-se, aceitando-se o jovem terá condições de relacionar-se com sua família, com outros jovens, com o mundo social, entendendo que estar no mundo significa como disse Paulo de Tarso: tudo me é permitido, mas nem tudo convém; tudo me é permitido, mas nem tudo edifica. (I Coríntios 10, 23).

Assim, tenciona-se trabalhar com os temas citados no princípio deste texto para problematizar as opiniões e formatações de modelos familiares e a visão do jovem perante a vida familiar e ao seu posicionamento frente aos desafios íntimos que a Doutrina Espírita impõem como pré-requisitos para uma evolução efetiva.